Blogue do Moinho do Bolinha – Edição 2
Moinho do Bolinha devolve à criança a sua identidade
EU SOU – “A criança como sujeito” 🎨🏃♀️🔍
Desde o nascimento, a criança já tem um desejo próprio e vê o mundo à sua maneira.
No Moinho do Bolinha, damos voz a todas as crianças.
Para a Diretora Naheed Latif: “Mais do que dar voz, é importante ouvir.” Com isto, as crianças afirmam a sua identidade e assumem uma personalidade genuína.
Françoise Dolto, psicanalista, defendia que a criança deve ser ouvida e respeitada, e que o seu desenvolvimento emocional é tão importante quanto o intelectual. Para Dolto, muitas dificuldades na infância e na vida adulta surgem quando as crianças não são reconhecidas como indivíduos com pensamentos e sentimentos próprios.
“Tudo o que se cala na infância reaparece na idade adulta ”
A criança sente quando não está a ser levada a sério. Se as suas perguntas e sentimentos são ignorados, ela pode fechar-se emocionalmente. Dolto defendia que “tudo o que se cala na infância reaparece na idade adulta”, ou seja, traumas e inseguranças podem surgir se a criança não for ouvida.
É neste sentido que o Moinho do Bolinha defende que a voz das crianças deve fazer parte do seu processo educativo e que elas sejam construtoras do seu próprio conhecimento. Como refere a coordenadora pedagógica:
“O meu grande objetivo na minha ação pedagógica é contribuir para o desenvolvimento global de todas as crianças de forma harmoniosa. Na medida em que defendemos que a criança se encontra no centro do processo educativo e que constrói o seu próprio conhecimento através da interação com os pares, objetos e adultos. Apoio a prática de pedagogias participativas que encaram a criança como um ser competente.”
— Marta Amaral